sábado, 5 de julho de 2014

3 - MENTES ILUMINADAS


Para muitos cientistas e filósofos, a imortalidade é algo real que, embora impossível de ser explicada com os conhecimentos disponíveis em suas épocas, seria comprovada com o evoluir da ciência como uma forma material de continuação da vida.

O inventor Thomas Edison, a respeito da alma tinha as seguintes convicções:
Uma “unidade de vida... O homem é composto por enxames, bilhões de entidades altamente carregadas, as quais vivem nas células... que, quando a pessoa morre continua existindo... em outro ciclo de vida e é imortal.” - Citado por R. F. Goudey em Reencarnação, Uma Verdade Universal.

A sobrevivência nos descendentes, já era instintivamente reconhecida há milênios:
O Senhor apareceu a Abraão e lhe disse:
".... farei aliança contigo e te multiplicarei infinitamente... serás pai de muitas gentes... farei crescer a tua posteridade infinitamente... estabelecerei meu pacto contigo e com teus vindouros no decurso das suas gerações, por um concerto eterno". (Gênesis 17-2,4).

Segundo Hermann Hesse, escritor alemão, prêmio Nobel em 1946: “
"... nosso corpo remonta por sua via genealógica, até o peixe e mais além ainda, assim todos temos dentro da alma tudo o quanto tenha palpitado na alma humana... existe em cada um de nós a própria existência do Universo... todos os deuses ou demônios que um dia existiram estão conosco".  (Para Ler e Pensar, pág. 97).

Aristóteles (Filósofo grego, séc. IV A.C.), em sua definição de alma dizia:
 “A alma é todo o princípio vital de qualquer organismo, a soma dos seus poderes e processos... parte da faculdade racional da alma humana é passiva: está ligada à memória e perece(?) com o corpo que a produziu, o que sobrevive não é a personalidade, mas o espírito”.  
Segundo ele, a alma imortal é puro pensamento (espírito).

Aristóteles foi fundador da escola peripatética, cujo sistema mostra a Natureza toda como um imenso esforço da matéria para elevar-se até à inteligência e ao pensamento. É exatamente este conceito que nos leva aos caminhos da perpetuação da vida.

Buda, o iluminado, realmente o era. Pregava que a “Vida é um ciclo contínuo de morte e renascimento”.

Voltaire, escritor francês, 1694-1778, perguntava:
 “Uma criança morre nas entranhas maternas... tornará ela a surgir como feto, adolescente ou homem? Para surgir, ser a mesma pessoa que éramos, para isso deveríamos ter a memória perfeitamente clara e viva, pois a memória é que faz nossa identidade. Se perdemos a memória, como seremos a mesma pessoa?

Loocke, filósofo inglês, 1632-1704:
“Nada existe no espírito que não existisse primeiro nos sentidos”. Segundo ele, “o espírito ao nascer é uma página em branco e a experiência dos sentidos nela se inscreve de mil modos, até que a sensação gere a memória e a memória gere as idéias... Se as sensações são a substância do pensamento, a matéria é material do espírito.”
David Humme, Islândia, 1711-1776, em seu estudo sobre a natureza humana, afirma:
“Conhecemos o espírito da mesma forma que conhecemos a matéria, pela percepção, embora neste caso seja interna... Nunca conhecemos uma entidade semelhante a espírito e, sim, meramente idéias destacadas lembranças, sentimentos... O espírito não é uma substância, um órgão que tenha idéias; as percepções, as lembranças e os sentimentos é que são o espírito...”
Em seu livro Vida Pretérita e Futuro, o Dr. H. N. Banerjee, diz o seguinte, na página 15:
“Existe uma real possibilidade de a personalidade humana sobreviver após a morte e que essa personalidade tenha um passado e um futuro.”
Dentre os muitos cientistas e pensadores que se manifestaram por uma possível transferência do conteúdo psíquico de uma pessoa para os seus descendentes, inclui-se Carl Jung (1875-1961), psicólogo e psicanalista suíço, continuador dos trabalhos de Sigmund Freud.
Jung, estudando as bases de todos os mitos ocorrentes entre os humanos nos últimos milênios, concluiu que, independente dos contatos entre os povos, pois muitos deles se desenvolveram totalmente isolados, os fundamentos das crenças, as idéias básicas, repetem-se em todos eles.
Jung acreditava que o inconsciente das pessoas é formado por dois componentes:
O inconsciente pessoal, resultado do contato do indivíduo com o meio ambiente, captado e filtrado pelos sentidos; o outro, o inconsciente impessoal, formado pelas sucessivas gerações anteriores a cada pessoa; para nós, a ante-sala da alma.
O Inconsciente Coletivo de Jung já fazia parte das idéias de Hesíodo, poeta grego que, em meados dos século VIII  a. C., em seu poema Teogonia, atribuía às Musas, filhas da  Memória Eterna, o conhecimento dos símbolos míticos que deram origem aos deuses.
Mnemósine, Memória Eterna, mãe das Musas, seria a personificação da memória,  da lembrança, do conhecimento universal, idêntico ao Inconsciente Coletivo de Jung
A própria palavra psique, originalmente Psiquê, princesa na mitologia grega, amante de Eros, assassinada por Afrodite e ressuscitada  por Zeus que lhe deu também a imortalidade,  em grego significa alma, mente ou vida. Psicologia, portanto, desde o início e com muito acerto, significa o estudo da alma.
 Acreditando, portanto, na visão futurista de todos estes pensadores - se pesquisarmos certamente encontraremos muitos mais - e em especial na idéia de Aristóteles com relação ao esforço da Natureza para tornar-se inteligente e pensar, é que, tiramos as conclusões para elaboração destas páginas.

http://imortalidadeadalciodossantos.blogspot.com.br/

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