Depois do despertar da inteligência há alguns milhões de anos, nós, os humanos, passamos a nos diferenciar dos demais seres vivos por esta importante característica.
Assim, a inteligência, como todos os demais caracteres do nosso corpo, passou a fazer parte dos arquivos celulares, dos nossos genes, do nosso código genético, significando que a inteligência pode ser transmitida aos nossos filhos, dependendo de como são trocadas e aproveitadas as informações contidas no óvulo e espermatozóide, nossas células específicas de reprodução.
Aqui, vamos abrir um parênteses para rememorar as nossas afirmações iniciais relativas à premonição de alguns dos nossos ancestrais, com seu conhecimento intuitivo de que a imortalidade é uma conseqüência lógica da criação da vida e da sua evolução.
Desde os primórdios da inteligência, desde o primeiro momento em que os humanos tomaram conhecimento de si mesmos, começaram os seus anseios de imortalidade.
Como já foi dito, a Natureza é fria, insensível, impessoal, mas não é desonesta. Todas as nossas aspirações, nossos desejos, despertados pelos nossos sentidos e emoções, são impulsos que nos conduzem aos objetivos por ela determinados.
Nossos anseios de imortalidade, portanto, serão satisfeitos caso consigamos percorrer os caminhos que nos levarão até ela, da mesma forma como conseguimos e conseguiremos satisfazer todas as nossas demais aspirações, se lutarmos para tanto. Estamos falando em forças naturais. A imortalidade é uma conseqüência da evolução, resultado das forças organizadoras da matéria, continuação infinita da consciência da vida.
Até hoje, procurávamos explicar por meio do sobrenatural — por absoluto desconhecimento da realidade - a existência de uma alma imortal. Que a imortalidade resulta dos recursos naturais e é conseqüência da evolução da vida e “dos esforços da Natureza para tornar-se inteligente e pensar”, não é difícil de entender. Como veremos a seguir, tudo é muito simples. A verdade, o óbvio e a simplicidade, geralmente andam de mãos dadas.
Com o crescimento da inteligência e o conseqüente aguçar das emoções, desenvolvemos em nosso cérebro a capacidade de arquivar os acontecimentos e conhecimentos para posterior utilização; desenvolvemos a memória. A memória é a característica básica da nossa personalidade, nossa individualidade; é a essência de cada um de nós. Sem memória não possuímos identidade. Nela estão registrados todos os aspectos relevantes da vida de cada um, desde o nascimento. Para que haja continuidade, perpetuação, é imprescindível a preservação da memória.
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sábado, 5 de julho de 2014
6 - ARMAZENANDO MEMÓRIAS
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